Uma casa
com muitas
histórias…
HISTÓRIA
Século XVIII
A ermida de Nossa Senhora da Lapa foi construída, logo a seguir ao terramoto de 1755, em terrenos que eram pertença da Casa do Infantado, com um Recolhimento anexo para órfãos e senhoras desamparadas. Em 21 de Dezembro de 1755, foi feita a sua dedicação com a imagem de Nossa Senhora da Lapa, trazida do Convento de S. João de Deus. A obra do edifício anexo decorreu em 1756, este foi substituído por outro com carácter mais definitivo, em 1769, por ordem de D. Pedro III (consorte da Rainha D. Maria I, a partir de 1760). A igreja passa a paroquial entre 1770 e 1886, data em que a Paróquia passou para a Estrela.
Século XIX
Em 1836, é instalado no primeiro andar do edifício (nº 84 da Rua da Lapa) um dos 12 asilos da Infância desvalida de Lisboa.
Em 1886, a imagem da Nossa Senhora da Lapa passa para a nova paróquia da Estrela, mas manteve-se a imagem de Nossa Senhora do Monte Carmo.
Século XX
Em março de 1917 o Governador do Distrito Administrativo de Lisboa aprova os estatutos do Asilo de Nossa Senhora do Carmo da Lapa.
Em Setembro de 1959 o Asilo de Nossa Srª do Carmo da Lapa passa e ser designado por Recolhimento de Nossa Senhora do Carmo da Lapa (RNSCL) com aprovação de novos estatutos pelo ministério de Saúde e Assistência.
Em fevereiro de 1988 o RNSCL passa de Pessoa Coletiva de Utilidade Pública Administrativa a Instituição Particular de Solidariedade Social.
AZULEJOS DO SÉC. XVIII
Na entrada, nos corredores do claustro e na sala de jantar, encontram-se, em muito bom estado de conservação, diversos painéis de azulejo “imediatamente posteriores ao terramoto, que proviriam de alguma das oficinas… pertencentes ao Bairro do Mocambo”[1].
Os painéis do claustro “têm emolduramento de tipo concheado com umas laterais, centrando as curiosas figurações que mostram a vida de Santa Maria Madalena de Pazzi,… florentina da ordem das Carmelitas”.[2]
Os painéis policromos da sala de jantar, representam vasos com frutas e flores.
[1] Santos Simões em “Azulejaria de Portugal no século XVIII”
[2] Francisco Hipólito Raposo – Bandeira do Património 1994